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quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Coisas de pita

Quando há 5 anos atrás decidi fazer a minha primeira tatuagem, todos me chamaram louca...
- Tatuar uma aliança de casamento? Mas, e se vocês de zangam?
- Naaa... Qual zangar, qual quê? Vamos ficar juntas eternamente! - dizia eu, esperançosa que fosse um bocado de tinta que segurasse uma relação que andava esborratada desde o seu primeiro dia (e já lá iam 2 anos!)...

No meu entender, não havia nada a temer!
1º - Aquela relação nunca ia acabar (a tatuagem ia estar sempre actual)
2º - Se acabasse não iria ser por vontade minha (e ela ia ter que viver com a minha marca no corpo dela)
3º - Nunca a ia deixar de amar (o meu amor eterno ficaria gravado para sempre)
4º - Nunca iria encontrar ninguém que a conseguisse substituir no meu coração (se deixasse de fazer sentido, a aliança passaria a ser um mero anel pra me adornar o anelar esquerdo)

Cada tiro, cada melro!

BANG - a relação acabou
BANG - fui eu que terminei tudo
BANG - descobri que o meu amor tinha desaparecido
BANG - apaixonei-me loucamente por outra pessoa...

Vai daí, toca de descobrir uma forma de remover a tatuagem.

"Dermobrasão"? Ui, até me arrepio só de ouvir o nome...
"Cicatrizes"? ... olha que lindo!
"Anestesia"? ... isto não me está a cheirar nada bem...
e, pra finalizar, "Não damos garantias de um resultado final eficaz"...
Pois! Era mesmo o que eu queria ouvir... :-(

Eu até nem tenho nada contra a tatuagem... eu até gosto do desenho... aquilo até já nem significa nada para mim... resumindo, vou ter que viver com ela forever (com a tatuagem, não é com a gaja - cruzes canhoto!)

Vou ter que me aguentar às couves e ficar com aquela sombra debaixo da minha verdadeira celebração de amor, mas o que se há-de fazer? Não me tivesse armado em pita teimosa e inconsequente há uns anos atrás!

Querem um conselho?
Pensem bem antes de fazerem estas coisas românticas com consequências eternas...

Querem outro conselho?
Optem por oferecer um passeio de balão, uma viagem a uma ilha de sonho, um jantar à luz das velas, uma noite numa cama de pétalas, um banho de jacuzzi regado a champagne... sei lá... o que interessa é a malta divertir-se e AMAR-SE MUITOOOO!

E tentem coleccionar apenas 1 tipo de "marcas": as marcas da FELICIDADE!
(porque essas também nunca se apagam... quando muito, viram recordações... boas recordações)!

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Modernices

Quando cheguei a casa à noite, a minha mulher insistiu que a levasse a sair , a um sitio bem caro.........

Levei-a a uma bomba de gasolina !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

O Santo

Acabo de receber um e-mail de um tal Mr Tony Smith, Bank Manager do Lloyds TSB Bank em Tower Bridge Road de Londres.

É um e-mail extenso em que o bom do Mr Smith (será que conhece a Mrs Smith?) me informa que no dia 6 de Junho de 2000, o Mr Barry Kelly fez um depósito na referida dependência bancária no valor de 40 Milhões de Dólares com a duração de 48 meses.

Passado o prazo do depósito, e sendo um funcionário exemplar, o Mr Smith tentou contactar o titular da conta mas não obteve resposta. Conseguiu descobrir que o desafortunado Mr Kelly faleceu no dia 26 de Dezembro de 2004 vitimado pelo tsunami enquanto desfrutava umas merecidas férias na Tailândia.

Vai daí, o Mr Smith decide investigar mais um bocado e consegue saber que o homem não deixou testamento. Mais ainda, nem sequer declarou quem quer que seja como possível beneficiário do carcanhol.

Como, segundo a lei inglesa, se ninguém reclamar o dinheiro no prazo de três anos o valor reverterá integralmente para o Governo de Sua Majestade, o que passou pela fronte iluminada do deligente Mr Smith? Entrar em contacto comigo ora pois claro!

Como o homem é um funcionário do banco, obviamente que não pode mexer no graveto (que entretanto já depositou num lugar seguro dentro de duas caixas – vá-se lá saber como o conseguiu tirar do banco se não lhe pode mexer… mas, adiante) lembrou-se de me pedir para que eu me apresente como proprietário das duas caixas e vá buscar o dinheiro. Isto é perfeitamente natural, até porque devemos ter andado os dois na escola.

Agora só tenho que lhe enviar os meus dados para ele dar entrada com a papelada no advogado – cá para mim ainda acabo casado com o tipo – e um número de contacto para, segundo ele, suavizar as comunicações – ai acabo por ser Mrs Smith acabo.

Para quem já está a perguntar: “- Oh Netmaister, então e o homem dá-te o dinheiro todo e não fica com nada tadinho?” Devem querer camarão, não?! O bom do Mr Smith cobra, pelo altruísmo do seu acto, não 10, nem 20 nem mesmo 30 mas, "apenas e só", 70% do bolo! Mas diz que depois vai precisar da minha ajuda para investir o dinheiro em casas, carros, caridade…

Um santo este Mr Smith, Deus o abençoe.

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Passeio por Cacilhas

As novelas são a desgraça de qualquer homem. As mulheres passam horas em frente à televisão, vidradas em enredos com mais voltas que um novelo de lã, seduzidas por cenários de sonho e depois saem-se com coisas tipo “ – Vamos beber um copo em Cacilhas? Há lá uma esplanada muito fixe que aparece na telenovela.” E um gajo, naquela de se divertir e gozar a companhia das pessoas de quem gosta, até aceita sem hesitar.

Chegados a Cacilhas surge a perguntinha: “Então e a esplanada é onde?”… resposta: “Não sei, mas deve ser por aqui.” Por aqui? Mau. Já me está a cheirar a esturro.

Mais umas voltas, agora à direita, se calhar era à esquerda, sobe-se a Avenida, desce-se a Avenida… o melhor é estacionar e ir a pé. Erro crasso!

“Deve ser ali ao lado da estação, ao pé do rio.” Deve, deve. Bora lá.

Até se me arrepiaram os pilantros da nuca quando virei a esquina. Junto ao rio? Só se faltou a luz nesta zona porque não se vê um pintelo à frente dos olhos. Só consigo descortinar uns vultos de pescadores que nos olham com o ar de quem sabe o que um gajo e três gajas todas boas por ali andam a fazer. Provavelmente pensam que os preservativos XXL a boiar nas águas límpidas do Tejo são réstias de alguma visita anterior.

Confrontados com este cenário o mais provável era voltar costas e seguir noutra direcção, certo? Errado! Pergunta-se já aqui a um destes senhores que têm mesmo cara de quem é prestável, onde fica o miradouro e as esplanadas! E sai a resposta típica do bom samaritano português: “Seguem sempre em frente que é já ali”. E nós… tudo bem!

Só sei que comecei a andar com vista sobre a Praça do Comércio lá do outro lado do rio e que, depois de passar por cães, pescadores, turistas, pescadores, cães, pescadores, lá cheguei a um restaurante de onde se avistavam as Docas. Mas só que ainda não era ali, por isso… vai de andar.

Quando, finalmente, chegámos perto do elevador, concluímos que a esplanada era lá em cima. Vai de subir. Isto claro, só depois de, assim como quem não quer a coisa, perguntar ao segurança se era preciso pagar bilhete.

O que interessa é que chegámos onde queríamos… ou não. Porque depois de sair do elevador ainda tivemos que procurar o caminho para chegar à esplanada. Sempre a subir escadas e ruelas tá bom de ver. Por esta altura já eu sentia o sabor da bela da bejeca que ia poder saborear lá em cima sentadinho na esplanada, desfrutando a vista sobre o Tejo e sobre Lisboa.

Mas qual bejeca nem meia bejeca pah!! Esplanada? Nem vê-la! Sentas-te à porta do restaurante e já não é mau, pelo menos tens a vista.

E depois ainda chegam à bela da conclusão de que “se calhar a esplanada da novela é cenário.” Dah!!

Para não perder o balanço ainda tive que descer a Avenida toda até ao carro, garganta seca, quase derrubado pelo cheiro de um tipo que devia estar a poupar água e optou pelo banho de perfume, e com uma meia leka sempre a queixar-se que “tem xixi”.

Acontece-me cada uma!

domingo, 7 de agosto de 2005

Lá da nha terra tá bom de vêri!

Oh lua que vais tã alta
redonda como um tamanco
Oh Maria trás a escada
quê nã chego lá cum banco

De manhã ao levantar
da boca sai um escarro
só depois ê vou cagar
debaxo daquele chaparro!

A seguir vou almoçar
mastigo umas carcaças
saio para trabalhar
tá um calor do caraças!

A Rosinha foi à fonte
à cabeça uma bilha
quando ê desci do monte
fui-me a ela e parti-lha!!!

A cachopa é vaidosa
anda c' a guadelha ruça
ou dêxa de ser teimosa
ou, então, leva na fuça!

Ê cá nã sou esquesito
no que respêta a mulheres
pra me polir o apito
podem ser umas quaisqueres!!!

Buraco negro

O vaivém Discovery terá regressado esta madrugada à Terra.

De futuro, e para não correr riscos, o melhor seria a NASA alterar a denominação do aparelho de vaivém para vaifica…

Ora pois claro

Está finalmente explicada a razão para Ronald Koeman não ter recebido os reforços que dizia esperar para o jogo de apresentação da equipa: a época de saldos começou apenas este domingo.

A dupla Vieira-Veiga mostra mais uma vez olho para o negócio… em saldos compram-se dois jogadores pelo preço de um... ou mais!... ou não!

sábado, 6 de agosto de 2005

Expressões "Davidianas"

  • “Mau!”
  • “Isso é alguma coisa?”
  • “Isso tem algum jêto?”
  • “Devias trabalhar metade do que eu trabalho para veres o que é suar”
  • "Levas um murro no focinho que te lixo"
  • "Qualquer dia faço-te a folha catane!""
  • "Vocês brincam com coisas sérias..."
  • “Se a vida são dois dias devia ser ao fim de semana”
  • “Há dias de manhã, que um gajo à tarde não devia sair à noite”
  • “Je m’amuse”

    … e, claro, a imagem de marca…

    “Bicharada!”

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Porque me apetece

Apetece-me escrever como o Bocage
Mandar tudo para o caralho
E que se lixem as boas maneiras.
E num poema fodido
Porque estou com um humor de cão
Mando à merda a boa educação
E escrevo o que me apetece.
E dou um murro no poema
Como se desse um murro nas trombas
De quem não gosto e me chateia.
A merda que escrevo é só minha
Não sou correcta, educada, certinha
E na escrita sou
E faço o que me apetece!
Portanto mando a poesia para o caralho
E num poema fodido
Esmurro a página e a linha
Porque escrevo o que me apetece
E a merda que escrevo é só minha!

Encandescente (http://eroticidades.blogspot.com/)
Retirado do Blog
catedral.weblog.pt