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quinta-feira, 25 de maio de 2006

Bom filho a casa torna…














Bem-vindo maestro.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Dá-lhe Chico, dá-lhe!

Soem as trompetas, apresente-se a charanga, faça-se ouvir o “We are the Champions”! Não me refiro à vitória do FC Barcelona na final da Champions League não senhor (mas a “satisfação” de que o Glorioso só foi eliminado pelo campeão europeu ninguém ma tira). Refiro-me ao novo recorde nacional de bota abaixo.

O autor do feito é um nobre português de 36 anos, rapaz trabalhador e honesto, possuidor da sua bela mota (certamente uma luzidia Zundap) que apenas bebia uns copos ao fim de semana para aliviar o stress do reboliço do dia a dia.

Pois bem, este exemplo de homem feito, depois de bater o recorde nacional com a bonita marca de 7.46g de álcool no sangue, fez o que qualquer um de nós faria… montou-se na sua mota e lá vai ele a caminho de casa para anunciar a boa nova. E tal era a alegria quem nem o capacete se lembrou de colocar naquela cabeça cheia de inteligência e acabou abraçado à traseira de um automóvel que seguia no mesmo sentido, certamente um desses energúmenos que, graças a Deus, vão rareando pelas nossas estradas. Até parece que conduzia sem pinga de álcool no sangue. Se isto lá é possível!

Conclusão: o nosso jovem recordista embateu com violência com cabeça no chão, provocando-lhe danos irreparáveis no cérebro e deixando-o em estado de coma durante umas semanas e, segundo a mãe do rapaz, os médicos já fizeram saber que de hoje em diante, vai passar a ter comportamentos de uma criança pequena.

Parece-me que as coisas até acabaram bem. Um gajo de 36 anos que apanha uma piela daquelas e se monta numa mota sem capacete tinha comportamentos de bebé, por isso minha senhora não se preocupe, o seu filho está a crescer. Qualquer dia é um homenzinho.

Pensamento do dia

Por maior que seja o buraco em que te encontres, pensa que, por enquanto, ainda não há terra por cima.

O Poeta Cauteleiro

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que ás vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.

Fui polícia, fui soldado,
Estive fora da Nação,
vendo jogo, guardo gado,
Só me falta ser ladrão!...

Deixam-me sempre confuso
as tuas palavras boas,
por não te ver fazer uso
dessa moral que apregoas.

Não sou esperto nem bruto
nem bem nem mal educado:
sou simplesmente o produto
do meio em que fui criado.

Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.

Se o hábito faz o monge
e o mundo quer-se iludido,
que dirá quem vê de longe
um gatuno bem vestido?

Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.

António Aleixo

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

Cecília Meireles

terça-feira, 16 de maio de 2006

Quando estou só reconheço









Quando estou só reconheço
se por momentos me esqueço
que existo entre outros que são
como eu sós, salvo que estão
alheados desde o começo.

E se sinto quanto estou
verdadeiramente só,
sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
mas onde vou nada existe.

Creio contudo que a vida
devidamente entendida
é toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
como por cousa esquecida.

Fernando Pessoa

domingo, 14 de maio de 2006

I'm just trying to hold on...

... but it just looks like I'm not going to make it.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Para Aqueles Que Amam

Era uma vez uma ilha onde moravam todos
os sentimentos. Entre eles, a alegria,
a tristeza, a sabedoria e o amor.
Mas um dia, foram avisados que
a ilha iria afundar.
Todos os sentimentos se apressaram
pegaram os seus barcos e partiram.
Só o amor ficou, pois queria se despedir da ilha,
antes que ela afundasse.
Quando por fim, estava se afogando,
o amor começou a pedir ajuda.
Nesse momento, estava passando a riqueza
em lindo barco e o amor disse:
- Riqueza, leva-me com você?
- Não posso. Há muito ouro e prata
no meu barco. Não há lugar para você.
Então, pediu ajuda à vaidade que também
vinha passando:
- Vaidade, por favor, me ajude!
- Não posso ajudar, amor. Você está todo
molhado e poderia estragar todo meu barco.
Veio passando a tristeza e o amor pediu
ajuda:
- Tristeza, deixe-me ir com você?
- Ah, amor. Estou tão triste que prefiro ir sozinha!
Também passou a alegria, mas ela nem viu
o amor chamar.
- Venha amor, eu levo você!, gritou um velhinho.
- O amor logo quis saber quem o salvava!
Então, fez a pergunta à sabedoria:
- Era o tempo, respondeu ela.
- O tempo? Mas, por que o tempo?
- Porque somente o tempo é capaz de
entender um grande amor.

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Inspiração


"Quando a inspiração bate na porta
Entra e traz consigo o tempo bom
Faz do sentimento o dom
Traz uma palavra, um som
Traz por um momento
A chave que abre o coração
O elo, a luz, a criação

Quando a inspiração liberta a alma
Ela dá as costas à razão
Solta a imaginação
Leva o sonho pela mão
Traz na mais perfeita harmonia
Devaneio, fantasia, ilusão

Quando ela parte, vai embora
Sai sem avisar, desincorpora
A sensação de invalidez, solidão
De abandono, nostalgia
Invade o corpo, até que um dia
Ela volta e prenuncia outra canção"

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Dados adquiridos



Como qualquer relacionamento estável... achei que o tinha na mão.

Ao contrário de velhos tempos, em que me reinventava com toda a minha imaginação para atiçar a chama da paixão... deixei as coisas rolar...

Com o passar dos dias, acabaram-se as longas declarações...

Com o passar dos meses, acabaram-se as piadas originais...

É a tal história do "querendo não posso, podendo não quero"...

Como estava ali para quando me apetecesse... não me apetecia...

Até que ele se fartou, e me mandou embora...

Só aí percebi que mesmo os amores platónicos tinham que ser alimentados continuamente...

Por isso, estou de volta a este blog... jurando que o vou tratar da mesma forma que preservo a minha relação amorosa: esforçando-me para inovar, surpreender e, acima de tudo, mostrar que estou sempre aqui!

Espero conseguir cumprir a promessa... :-S

terça-feira, 2 de maio de 2006

Just be