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sexta-feira, 15 de julho de 2005

Projectos

Apostamos num projecto e pensamos: “Desta vez é que é! Vai correr tudo bem.” E no início corre.

As pessoas são simpáticas, fazem-nos sentir importantes e acabamos por esquecer as pequenas coisas que nos deviam ter despertado para o erro que estávamos a cometer.

O tempo passa, ouvimos histórias, vimos pessoas que embarcaram num projecto semelhante desistir porque percebem a tempo que não vale a pena. E nós vamos ficando, e ficando, e ficando…

Até que, quando já atingimos o nosso limite, tudo o que pensávamos ser a realidade, transforma-se e, afinal, estávamos enganados. Confiámos nas pessoas erradas, segregámos as certas.

Mas isso não nos demove da nossa demanda. Agora sim, as coisas vão dar certo. Afinal, conseguimos finalmente perceber como as coisas são, em quem confiar, quem devemos ignorar.

Sentimos a acalmia tomar conta de tudo, sentimo-nos bem e pensamos: “Assim até vale a pena, vou em frente”.

E, numa tarde, a realidade atinge-nos como uma pedrada no charco: não somos nada. Existimos para servir e nada mais. Somos dispensáveis, “as portas estão abertas”, não para entrarmos, apenas para sairmos.

E tudo volta ao início. Partimos em busca de novo projecto, idealizando mil e uma coisas.

E o tempo passa… passa… passa…

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