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quarta-feira, 27 de julho de 2005

Quando eu partir

Vai ser numa tarde de Inverno
a minha partida…
Sentar-me-ei no alpendre
inspirando o meu derradeiro alento.

Os olhos cerrar-se-ão calmamente
e a paz me invadirá.
Nada levo, senão as memórias,
nada deixo, senão a lembrança.

E no dia do meu velório,
não chorem porque o não desejo.
Rejubilem porque vos deixo,
festejem porque permaneço.

Porque enquanto me recordarem,
viverei onde estiverem.
E onde estiver, estarão.
Ainda que desaparecido perdurarei.

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