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domingo, 4 de outubro de 2009

Elogio ao Amor

O amor é esta constante ilusão, é este constante fogo que não se absorve.
O amor é isto.
O amor é mão que se dá, é mão que espera que outra passe nos olhos e os leve à morte.
O amor são as conversas sem palavras e os beijos que se trocam clandestinos, aquando do fim das horas.
O amor não é ódio. É frustração, é um sentir sem chão e um morrer em fome.
O amor é viver envelhecido junto do peito que se escolhe esvaziar.
É um abraçar contínuo da solidão.
O amor é esperar. Esperar até que a escolha seja a palavra de ordem.
O amor é desunião. É um viver independente enquanto o cíume se leva nas costas.
O amor é isto. É silêncio que se agrada e barulho que se constrói.
O amor é insuportável. É dor, é sufoco que se guarda quente nas entranhas.
O amor é não ser imune. É ser vulnerável, é cair, voltar a cair e deixar cair.
O amor é lugar comum.

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