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sábado, 28 de fevereiro de 2004

Parabéns

O Sport Lisboa e Benfica faz cem anos e, como bom benfiquista que se preze, não podia deixar de assinalar tal marco na vida do meu clube.
Sou um pouco mais novo que o SLB, mas no decorrer dos anos que vivemos juntos - numa quase união de facto - pude sentir grandes alegrias, como a passagem à última final europeia que disputámos vencendo o jogo da meia-final com o Marselha, fruto de um golo de Vata... com a mão. A célebre mão de Vata. Vi grandes jogadores de futebol envergar aquela camisola vermelha com orgulho. Ricardo Gomes, Valdo, Mozer, Diamantino, Rui Águas, Magnusson, Rui Costa... e tantos outros, para não enumerar todos aqueles de quem apenas ouvi falar nas recordações do meu pai.
Também existiram momentos menos bons nesta relação mas, também esses, recordo com saudade. Não me refiro a campeonatos e taças perdidas nestas últimas épocas, porque esses são fruto do trabalho menos conseguido ao longo dos anos. Refiro-me, por exemplo, às finais da Taça dos Campeões Europeus que vi esfumarem-se por entre gritos de desespero, principalmente a que perdemos contra o PSV com um pénalti falhado por Veloso. Como eu chorei. No entanto recordo esses jogos com saudade. A mesma saudade que sinto ao rever na minha mente jogos como o que fizemos em Londres contra o Arsenal, em que, depois de estarmos a perder por 1-0, demos a volta e ganhámos por 3-1. Ou o jogo fantástico em Leverkursen em que estivemos a perder 2-0, virámos para 2-3, ficámos a perder por 4-3 e acabámos por empatar 4-4, o que nos valeu a passagem à meia final da Taça das Taças contra o Parma.
Por tudo isto sinto orgulho de dizer que sou de um Benfica que, nas alegrias ou nas tristezas, me deixa sempre momentos que mais tarde vou poder reviver, sentado na minha cadeira, enquanto espero o apito final de um jogo que nem eu nem ninguém pode ganhar.
Parabéns Glorioso, ainda és um puto pá!

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