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domingo, 17 de maio de 2009

De volta

Férias a chegar ao fim, fez-se o que se pôde. Dormi bastante, durante uma semana fiz apenas o que me apeteceu, tentei descansar o máximo, limpar a cabeça e ordenar ideias.

E agora que as ideias estão no lugar, que coloquei as coisas em perspectiva e em que confrontei os sonhos e esperanças com a dureza da realidade, posso chegar a conclusões. Algumas boas, outras menos boas (pelo menos para mim), mas chegar a conclusões permite-me alguma paz de espírito.

Sei que estou apenas agarrado a um sonho e que não passa disso mesmo, mas é o meu sonho e não o quero perder. Porque se consegui concluir que é um desejo que vive apenas em mim, sem qualquer reflexo na realidade, também concluí, nestes dias em que pude reflectir, que o que sinto é imutável, não está sujeito a vontades, à razão, ou à realidade. É verdadeiro, sincero e tem a força do verdadeiro amor, mesmo que nunca tenha resposta, mantém-se firmemente agarrado à incerteza que a esperança alimenta.

Amanhã estou de volta ao dia-a-dia com esta pequena paz de espírito que consegui alcançar, talvez ajude a superar as semanas. Porque agora sei que continuarei a amar sem ser amado, e sei que não será diferente por muito que o deseje. Continuarei a perder-me todos os dias no olhar de quem amo, a ficar sem jeito como um adolescente envergonhado, a festejar as pequenas coisas que podem parecer insignificantes mas que são enormes para mim, a beber cada segundo da companhia da pessoa que sonho ter a meu lado para o resto da vida.

Mas continuarei a portar-me bem e a esperar que seja mesmo o correcto, porque a realidade mostra-me todos os dias que tem que ser assim, por muito que o coração me diga que tenho que fazer o contrário, que devo procurar a felicidade que, sei, sentiria e poderia dar.

O que o meu coração não sabe, é que no amor são precisas duas pessoas para fazer a felicidade e eu só tenho um sonho…

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