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domingo, 24 de maio de 2009

Ponto da situação

Existem alturas na vida em que paramos, olhamos em volta e tentamos perceber em que pé nos encontramos num determinado momento. É interessante fazê-lo de tempos a tempos para conseguirmos fazer uma análise do caminho que estamos a seguir e onde podemos ir dar.

Fazendo um ponto da situação na minha vida neste momento... Pudesse eu voltar atrás… e não mudaria muito do que ficou! Porquê? Porque cada momento específico que está para trás representa um passo na direcção do momento presente. Este momento em que me vejo perdido, confuso, com certezas que me magoam, sem vontade, sem perspectivas, sim, mas um momento em que sei exactamente o que quero da vida, o que sinto, do que sinto falta, dos sonhos, das esperanças.

O que sei hoje e tudo o que fui aprendendo no caminho até este momento, não desprezo. Sou a pessoa que sou porque foi assim que vivi, errando e aprendendo com isso mesmo que nem sempre à primeira, sentindo em silêncio tudo o que de alguma forma me toca, aprendendo que a vida nem sempre permite segundas oportunidades. Tudo isto me fez ser perfeito? Longe (muito longe) disso. Mas fez-me quem sou.

Estou num ponto da vida em que me limito a viver dia a dia. Em que o sonho comanda tudo o que faço, por ter descoberto – ao fim de décadas – o que é sentir a falta de alguém, o que é ficar sem reacção quando esse alguém nos olha e sorri. Este sonho que me ajuda a levantar da cama todas as manhãs e me tira o sono de noite. Por muito que doa o facto da razão me dizer que o sonho é inócuo, poder sonhar que um dia – talvez um dia – tudo poderá ser diferente, faz-me agarrar a uma esperança baseada no saber quem sou, o que sinto e que poderia fazer muito feliz quem me faz feliz apenas por existir.

Nesta altura, toda a minha vida gira em torno deste sonho. É errado? Penso que não. Nunca é errado seguir o coração. Por vezes é bom deixar de pensar nas consequências e seguir o que sentimos, mesmo que isso não nos leve a lado nenhum. Porque uma das consequências poderá ser a felicidade e gosto de pensar que mereço essa “consequência”, que mereço ser feliz. Pudesse o sonho tornar-se realidade…

1 comentário:

Anónimo disse...

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Maria