A vida dá e a vida tira, os sentimentos ficam, nós somos apanhados no meio. Basta um segundo na imensidão de minutos de uma vida inteira para entregarmos o ser que somos nas mãos de outro alguém, para fazer de nós o que quiser. Nesse segundo temos consciência do quanto a vida foi vazia sem o aperto no peito, o nervoso miudinho no estômago quando sentimos a presença, o nó na garganta que nos sequestra as palavras que nos invadem a mente mas teimam em não sair. Sabemos nesse instante que somos apenas parte de algo maior, somos apenas uma das metades de “nós”.
Até então limitámo-nos a passar pela vida, tirando dela o que fomos conseguindo, enquanto consciente ou inconscientemente aguardamos pelo momento em que entra pela porta da nossa existência a pessoa que nos leva a alma. E deixamo-la ir. Aos poucos vamos percebendo que algo nessa pessoa é mais, muito mais do que esperávamos. Pequenas coisas vão-se alterando, começamos a ansiar pelo dia seguinte só para podermos estar de novo com esta pessoa que nos fascina, aguardamos nervosamente o momento em que a poderemos ver pela manhã. E, quase sem darmos conta, sentimos a sua falta se não está presente para nós, mesmo que esteja do outro lado da sala, saltamos de emoção sempre que o telemóvel toca e somos tomados de felicidade por ser quem secretamente esperávamos que fosse. Aos poucos, sem nos apercebermos, descobrimos a pessoa que nos completa de tal forma que nos perguntamos como foi possível viver até então.
E a vida dá-nos tudo.
Com uma simples frase descobrimos que não estamos sós: “eu sinto o mesmo”. O mundo explode com a imensidão de sentimentos que nos invade. Nesse momento tornamo-nos a pessoa mais feliz do mundo, nada mais importa. Aquela pessoa que nos conquistou aos poucos, que nos fez descobrir que a metade de “nós” existe, sente o mesmo. E passamos a olhar tudo com outros olhos, passamos a ser gente através da companhia, da amizade, do desejo, da pessoa que amamos. É nessa união de dois seres que nos sentimos maiores, perfeitos. É nessa parceria que percebemos que, quando encontramos aquela metade que nos completa, a vida deixa de nos comandar, passamos a ser donos de nós próprios porque nos sentimos seguros a ponto de nos dar completamente e sem medo. Percebemos que tudo o que vivemos, todas as experiências, nos levaram àquele instante no tempo quando aquela pessoa incrível nos diz “não tenho dúvidas, amo-te”.
E por não querermos que esse amor desapareça tentamos ser o que achamos que querem que sejamos. E erramos. Esquecemo-nos de ser a pessoa por quem este ser maravilhoso se apaixonou, perdemo-nos no querer agarrar os momentos do presente esquecendo-nos do amanhã.
E a vida tira-nos tudo.
Deixa-nos com o amor que sentimos, sozinhos, perdidos no meio da multidão. Sabemos quem nos faz feliz, sabemos quem queremos fazer feliz, sabemos quem somos na realidade e sabemos que temos muito para dar… mas ninguém que o queira receber. Continuamos a viver intensamente o momento em que podemos rever quem nos derrete o coração, a ansiar por poder rever o olhar, o sorriso, ouvir a voz de quem amamos. Por muito que o que sentimos nos leve a repeti-lo, por muito que o tentemos demonstrar e desejemos ser correspondidos, somos sempre confrontados com a realidade de que o sentimento já não é o mesmo do outro lado, com a realidade de que também já não existem dúvidas, mas que desta vez a certeza é de que “não te amo”.
E pedem-nos para seguir em frente como também fizeram. Mas não o conseguimos fazer. Porque nós continuamos a amar, cada vez mais e não menos. Passamos a sonhar com uma segunda oportunidade para mostrar que podemos ser amados como amamos, com a oportunidade de fazer tão feliz como nos podem fazer a nós. Relembramos pequenos momentos, olhares, o toque da pele, relembramos os beijos como se tivéssemos acabado de sentir os seus lábios nos nossos. Sentimos a falta, falta de sentir que estamos juntos mesmo separados, perguntamo-nos onde estará neste momento, o que faz, se está bem, se está feliz. Porque queremos fazer parte da sua felicidade de novo. Mas já não temos lugar nessa felicidade para ser a pessoa que queríamos ser. Já não somos a razão do seu amor.
A vida dá e a vida tira. Os sentimentos ficam. Um amor assim não pode seguir em frente, um amor assim não deixa de sonhar.
Até então limitámo-nos a passar pela vida, tirando dela o que fomos conseguindo, enquanto consciente ou inconscientemente aguardamos pelo momento em que entra pela porta da nossa existência a pessoa que nos leva a alma. E deixamo-la ir. Aos poucos vamos percebendo que algo nessa pessoa é mais, muito mais do que esperávamos. Pequenas coisas vão-se alterando, começamos a ansiar pelo dia seguinte só para podermos estar de novo com esta pessoa que nos fascina, aguardamos nervosamente o momento em que a poderemos ver pela manhã. E, quase sem darmos conta, sentimos a sua falta se não está presente para nós, mesmo que esteja do outro lado da sala, saltamos de emoção sempre que o telemóvel toca e somos tomados de felicidade por ser quem secretamente esperávamos que fosse. Aos poucos, sem nos apercebermos, descobrimos a pessoa que nos completa de tal forma que nos perguntamos como foi possível viver até então.
E a vida dá-nos tudo.
Com uma simples frase descobrimos que não estamos sós: “eu sinto o mesmo”. O mundo explode com a imensidão de sentimentos que nos invade. Nesse momento tornamo-nos a pessoa mais feliz do mundo, nada mais importa. Aquela pessoa que nos conquistou aos poucos, que nos fez descobrir que a metade de “nós” existe, sente o mesmo. E passamos a olhar tudo com outros olhos, passamos a ser gente através da companhia, da amizade, do desejo, da pessoa que amamos. É nessa união de dois seres que nos sentimos maiores, perfeitos. É nessa parceria que percebemos que, quando encontramos aquela metade que nos completa, a vida deixa de nos comandar, passamos a ser donos de nós próprios porque nos sentimos seguros a ponto de nos dar completamente e sem medo. Percebemos que tudo o que vivemos, todas as experiências, nos levaram àquele instante no tempo quando aquela pessoa incrível nos diz “não tenho dúvidas, amo-te”.
E por não querermos que esse amor desapareça tentamos ser o que achamos que querem que sejamos. E erramos. Esquecemo-nos de ser a pessoa por quem este ser maravilhoso se apaixonou, perdemo-nos no querer agarrar os momentos do presente esquecendo-nos do amanhã.
E a vida tira-nos tudo.
Deixa-nos com o amor que sentimos, sozinhos, perdidos no meio da multidão. Sabemos quem nos faz feliz, sabemos quem queremos fazer feliz, sabemos quem somos na realidade e sabemos que temos muito para dar… mas ninguém que o queira receber. Continuamos a viver intensamente o momento em que podemos rever quem nos derrete o coração, a ansiar por poder rever o olhar, o sorriso, ouvir a voz de quem amamos. Por muito que o que sentimos nos leve a repeti-lo, por muito que o tentemos demonstrar e desejemos ser correspondidos, somos sempre confrontados com a realidade de que o sentimento já não é o mesmo do outro lado, com a realidade de que também já não existem dúvidas, mas que desta vez a certeza é de que “não te amo”.
E pedem-nos para seguir em frente como também fizeram. Mas não o conseguimos fazer. Porque nós continuamos a amar, cada vez mais e não menos. Passamos a sonhar com uma segunda oportunidade para mostrar que podemos ser amados como amamos, com a oportunidade de fazer tão feliz como nos podem fazer a nós. Relembramos pequenos momentos, olhares, o toque da pele, relembramos os beijos como se tivéssemos acabado de sentir os seus lábios nos nossos. Sentimos a falta, falta de sentir que estamos juntos mesmo separados, perguntamo-nos onde estará neste momento, o que faz, se está bem, se está feliz. Porque queremos fazer parte da sua felicidade de novo. Mas já não temos lugar nessa felicidade para ser a pessoa que queríamos ser. Já não somos a razão do seu amor.
A vida dá e a vida tira. Os sentimentos ficam. Um amor assim não pode seguir em frente, um amor assim não deixa de sonhar.
6 comentários:
Este texto é simplesmente extraordinário, e como tu dizes e muito bem " A vida dá e a vida tira". Mas de uma coisa tenho tenho a certeza a vida vai dar-te muito ainda, as vezes num minuto tudo muda como tu próprio dizes... nao podemos nunca é fechar a "porta" ...
O tempo não apaga um grande Amor, mas atenua a dor ..
Temos de continuar a viver ... a vida vai encarregar-se de abrir janelas... olha sempre para o exterior quando essa janela se abrir, vais ver que há sempre algo de belo, ás vezes em pequenos promenores...
beijo doce
A dor que sinto é a de quem se confronta com o amor por alguém que não pode ser substituída por ser perfeita em todas as suas imperfeições, a dor de quem ama sem ser amado, sabendo que nada será tão verdadeiro mesmo que não correspondido.
Da minha janela vejo apenas a beleza de um olhar terno do qual me apaixonei. A mesma janela ao lado de uma porta aberta para deixar entrar o amor da minha vida... assim é e assim será sempre. Da minha janela olho o céu e sonho com o futuro...
beijo
estas a dizer isso agora porque ainda estas muito magoado, isso depois vai-te passar, não estou a dizer que vais esquece-la porque isso nunca mas nunca vai acontecer(desculpa a sinceridade)
mas vais chegar a um momento da tua vida que vais perceber que não vale a pena ficares assim e vais começar a pensar de outra maneira,porque tu sentes-te culpado se seguires em frente porque achas que a estas a trair não é?tens medo que ela queria voltar e tu não estejas disponível, ela é isso tudo mas tu também deves ser por isso :) força :)
Compreendo a tua dor, já a senti um dia... foi passando... as vezes volta com força e parece que nada nem ninguem pode susbtituir aquele olhar que me deu e tirou tudo... mas a vida continuo-o e se não sou feliz hoje e só porque nao soube escolher quem me valorizasse o suficiente, abri a janela errada mas sei que há outras janelas eu é que teimo em as manter fechadas... (por corbardia e medo..)
A dor daquele Amor que perdi está cá num cantinho ... mas tenho a certeza que se alguem me Amar como eu mereço essa dor vai ser apenas uma doce lembrança é o que vai acontecer contigo mais tarde ou mais cedo, porque já percebi que tambem merecese e mais cedo ou mais tarde a vida voltará a dar-te tudo
Beijo
Não se trata de não querer seguir em frente, trata-se de, ao fim de tantos anos e pessoas que passaram pela minha vida, de sentimentos fortes e outros apenas passageiros, ter encontrado alguém que realmente me completa, alguém que me fez descobrir muito de quem sou. Segui em frente algumas vezes, aprendi com isso de todas elas e sei que encontrei aquela pessoa que todos nós procuramos. Não existirá ninguém que altere isso, este sonho não me deixará nunca, esta pessoa que me conquistou é o “tudo” que a vida me podia dar, é o tudo que mais quero na vida. Sigo em frente sim, mas por um caminho diferente, apenas isso.
Como é estranho saber de quem falam!!!!
Beijo enorme
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